Estamos de volta, como diria aquele jornalista apresentador.. rsrs. As férias foram longas e muito boas mas agora temos que retomar nossas atividades e para começar bem estamos trazendo mais um resumo de um dos livros solicitados no vestibular da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR). Mais uma vez o nosso aluno leitor, Rogério elaborou o resumo para nós. A obra é Quase Memória, Quase Romance de Carlos Heitor Cony. Confesso que ao ler o resumo fiquei bastante curiosa para ler a obra na íntegra.
Muito obrigada Rogério por mais essa valorosa contribuição com o nosso blog e com todos os colegas que pretendem ingressar na nossa Universidade.
Quase
Memória, Quase Romance
(Carlos Heitor
Cony).
Dedicado
à Mila, a mais que amada.
Escrito por Carlos Heitor Cony que, logo no início recebe
um embrulho no hotel, sem nenhuma referência, porém com uma letra parecida com
a de seu pai, morto anos atrás.
A história gira em torno deste embrulho, com narrativas
de Cony-filho, trazendo à memória lembranças de sua infância e aventuras.
Destaque para o balão de festa junina, que juntos, pai e filho, divertiam-se
nas madrugadas para confeccioná-lo. Em seu escritório Heitor apalpa a caixa,
sente o perfume de seu pai e aprecia o nó de escoteiro perfeitamente elaborado
que sente pena em desfazer. Além disso, sente a tinta fresca, o que indica que
a embalagem pode ou não ser de seu pai.
Cony-pai foi um grande homem, segundo Cony-filho, criando
desde a mais simples caneta-tinteiro até os sofisticados perfumes para consumo
próprio, juntamente com o amigo Giordano. Trabalhou, ao mesmo tempo, em dois
jornais, exatamente na época em que Júlio Prestes disputava a presidência com
Getúlio Vargas. Era responsável pela escrita detalhada dos conflitos de modo
que favorecesse um dos candidatos, chegando a inventar matérias. Após as
eleições, ficou desempregado.
Período ditatorial no Brasil e fascista na Itália. Esses
anos foram presenciados por Cony-pai, o qual descreve a Itália como se
estivesse lá. Uma viagem que nunca ocorreu, porém contada como se tivesse
existido. Ele declara ter ido em busca de água benta para a cura da próstata do
seu Ministro.
A memória do balão de festa junina solto anteriormente,
se repete. No quintal de casa, ele reaparece. Seu pai propõe diversas
explicações e o padre Cipriano diz que isso não passa da teoria dos ciclos, a
qual revela que assim como a vida e o amor, tudo acaba como começou. Um
quase-romance.
A violência nos porões da ditadura é detalhada por
Cony-pai . Nesse período, abrigam uma família, passam por dificuldades e, por
fim, sua mãe morre vítima de uma forte gripe.
A história toda é relembrada nos últimos capítulos do
livro, com ênfase na forma de Cony-pai fazer tudo alegremente, com perfeição,
separando as memórias ruins e vivendo as boas. Seu jeito de assinar o que era
de sua autoria e a maneira única de ser.
No último capítulo, Cony-filho sai do local de trabalho
relembrando o último natal em família. Encerra citando os personagens
principais e com a frase de seu pai: “Amanhã farei grandes coisas”. Isso indica
que ficaram coisas por fazer e que a vida não termina nunca.
2 comentários:
Também fiquei curioso para ler na integra, parece ser muito bom...
Olá Raul Lagos!
Bom te ver sempre por aqui! Eu nunca li nada deste autor mas pelo resumo e comentários do nosso aluno acredito que deve ser bem interessante.
Aguardo suas impressões sobre mais essa leitura.
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